Quilombos

PRODUÇÕES:




SOBREPOSIÇÕES TERRITORIAIS EM SÃO FRANCISCO DO PARAGUAÇU: TERRITÓRIO QUILOMBOLA, FAZENDAS E UNIDADES DE CONSERVAÇÃO BAIA DO IGUAPE – BAHIA.


BRUNA PASTRO ZAGATTO


RESUMO
A Baía do Iguape é um estuário baiano de grande importância ambiental e socioeconômica para as populações tradicionais do seu entorno. Com o intuito de beneficiar as comunidades de pescadores e marisqueiras artesanais que vivem prioritariamente dos seus recursos naturais, a área foi transformada pelo ICMBio em Reserva Extrativista Marinha. Dentre essas comunidades está São Francisco do Paraguaçu, que em 2005 se autorreconheceu como remanescente de quilombo e reivindicou a regularização fundiária das terras tradicionalmente ocupadas nas antigas fazendas da região. O processo de identificação do território quilombola ocorreu logo em seguida, entre 2006 e 2007, e foi acompanhado de diversos conflitos, muitas vezes violentos, envolvendo moradores contrários à identidade quilombola, que entre outras coisas, evidenciaram uma estrutura coronelista, racista e uma disputa por poder de representação. O problema se agravou em 2009, quando o Governo do Estado da Bahia propôs a construção de um Polo Industrial Naval, de iniciativa público-privada dentro da poligonal da RESEX. Uma vez que a proposta não condizia com a existência de uma unidade de conservação, o então Ministério do Meio Ambiente alterou os limites da RESEX, que se sobrepôs ao território quilombola de São Francisco do Paraguaçu. A área, ainda em domínio de fazendeiros, já sofria de uma sobreposição territorial com a Reserva Particular do Patrimônio Natural da Peninha. A sobreposição desses projetos estatais tão antagônicos evidenciava a sobreposição de interesses de diferentes grupos sociais em disputa dentro do próprio Estado, que refletia na vida cotidiana de São Francisco do Paraguaçu. Pessoas jurídicas foram criadas tanto para viabilizar projetos que representavam os interesses de certo grupo social / profissional (com um claro recorte racial), mas também para dar respostas a estas propostas governamentais. A formalização criava, portanto, um canal legítimo de comunicação com o Estado, além de permitir o acesso a políticas públicas específicas decorrentes dos projetos. Se por um lado a institucionalização permitiu o diálogo entre novos sujeitos políticos e órgãos do Estado, por outro, acirrou as disputas entre grupos locais pelo lugar de representar a coletividade e decidir por ela. Assim, novas identidades emergiram e se sobrepuseram, ressignificando tanto categorias êmicas de pertencimento comunitário, como dando novos sentidos a trajetórias individuais e coletivas. Nesse processo, os discursos se ambientalizaram, numa busca por uma maior legitimidade perante a opinião pública, para os planos e ações propostos para a região. 
Palavras-chave: Quilombo; Unidades de Conservação; sobreposições territoriais; Reserva Extrativista; Território Quilombola; RPPN; fazendas; Associações Comunitárias; identidade; pescadores artesanais; comunidades tradicionais; Áreas de Proteção Ambiental 
Link:https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/33088/1/Tese%20Bruna%20Zagatto.pdf

SOBREPOSIÇÕES TERRITORIAIS NO RECÔNCAVO BAIANO: A RESERVA EXTRATIVISTA BAÍA DO IGUAPE, TERRITÓRIOS QUILOMBOLAS E
PESQUEIROS E O POLO INDUSTRIAL NAVAL


BRUNA PASTRO ZAGATTO


RESUMO
Este artigo trata de um caso complexo de tripla sobreposição territorial na região da Baía do Iguape, no Recôncavo Baiano, envolvendo territórios quilombolas já delimitados ou em fase de identifi cação, a Reserva Extrativista Baía do Iguape e o Polo Industrial Naval da Bahia, em fase de implementação. Em questão estão distintos interesses, por vezes convergentes, por vezes antagônicos, das empresas do setor petrolífero e da indústria naval, do Governo do Estado da Bahia, dos institutos federais (Instituto de Colonização e Reforma Agrária – INCRA e Instituto Chico Mendes – ICMBio) e das populações tradicionais, mais especifi camente dos quilombolas e dos pescadores artesanais. O trabalho busca apresentar brevemente as diferentes propostas de ocupação e ordenamento territorial para a região e os confl itos delas decorrentes. 
PALAVRAS - CHAVE: Sobreposições territoriais, territórios quilombolas, reserva extrativista, polo industrial naval
Link: https://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/ruris/article/view/1881/1361





METODOLOGIA PARTICIPATIVA NA INSTALAÇÃO DE SISTEMAS DE
ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA EM ÁREAS RURAIS: O CASO DA
COMUNIDADE QUILOMBOLA DE LAGEDO, SÃO FRANCISCO, MINAS GERAIS

Delmo Roncarati Vilela


RESUMO
Vários autores abordam a questão da falta de diálogo com as comunidades rurais como um dos aspectos que leva ao insucesso na adoção de técnicas de tratamento de água e ou esgoto pelos moradores destes locais. Apesar de muito difundido, o método de pesquisa participativa é uma ferramenta de viabilização de diálogo intercultural aparentemente pouco absorvida pelas instituições que fornecem serviços de saneamento rural. O presente estudo teve por objetivo analisar o método de pesquisa participativa como ferramenta de definição e instalação de infraestrutura para abastecimento e tratamento de água em uma comunidade rural quilombola, através do uso de técnicas participativas na prática de uma pesquisa de intervenção. Além disso, discute as opiniões de instituições públicas, não governamentais, movimentos sociais e moradores de uma comunidade quilombola sobre a situação do saneamento rural em Minas Gerais, das políticas públicas a ele relacionadas e a relação desse contexto com a participação popular. O trabalho busca contribuir com pesquisadores e profissionais da área de Engenharia, preocupados com a questão da universalização do acesso e democratização dos serviços de saneamento básico nas áreas rurais do país. O estudo foi realizado na comunidade de Lagedo, do Território Quilombola de Bom Jardim da Prata, no município de São Francisco, região norte de Minas Gerais. Com base no trabalho desenvolvido identificou-se que o método participativo é uma ferramenta útil para as comunidades que possuem pouca organização e cujos moradores não tem o costume de atuar em discussões coletivas. Com base em seu uso na prática, observou-se que as técnicas participativas utilizadas tem grande potencial para análise e discussão sobre a realidade socioambiental dos moradores e de possíveis técnicas de tratamento de água. A constância na presença de atores externos à comunidade foi considerada como essencial para o desenvolvimento de relações de confiança e comprometimento entre técnicos externos e a comunidade, bem como para as atividades de capacitação realizadas com os moradores. As instituições públicas e os pesquisadores externos devem buscar alternativas organizacionais dentro das instituições para garantir um maior comprometimento e presença nas comunidades, e para que as demandas e opiniões dos moradores sejam consideradas em projetos e na elaboração de políticas públicas. Mostrou-se necessário que a construção de políticas públicas relacionadas ao saneamento rural seja pautada pela participação ativa das comunidades rurais em instâncias decisórias locais, como conselhos e comitês. Mas para que isso efetivamente ocorra, as comunidades necessitam de capacitação prévia e recursos financeiros para que se preparem através de discussões de natureza técnica e para outros temas sobre os quais possuam poucas informações. O poder público estadual e federal deve melhorar seus canais de contato com o que é discutido em nível municipal, identificar e garantir fontes sustentáveis de recursos financeiros e desenvolver estratégias que garantam que esse recurso realmente alcance as áreas rurais onde são mais necessários.
Link:https://drive.google.com/drive/folders/1YsjURgRZwxYlhorkLvQf8ZG4QWNOLX5h





“CAATINGUINHA É TUDO NA VIDA”? RELAÇÕES SÓCIO-PRODUTIVAS DA COMUNIDADE QUILOMBOLA CAATINGUINHA NO TERRITÓRIO DE ÁGUAS DO VELHO CHICO (OROCÓ-PE)


SIMONE FRANCISCA RAMOS DE SOUSA


RESUMO 
Este estudo se fundamenta na experiência da Comunidade Quilombola Caatinguinha, localizada no município de Orocó, estado de Pernambuco. A problemática consiste em saber qual a relação das práticas produtivas realizadas pela comunidade quilombola em epígrafe e sua relação com o território. A pesquisa tem como objetivo geral analisar as práticas produtivas realizadas pela comunidade quilombola Caatinguinha e sua relação com o território. Neste sentido, busca-se identificar as práticas produtivas de uso coletivo e limitações quanto ao acesso aos recursos naturais junto às famílias quilombolas de Caatinguinha atentando também às relações sócio produtivas entre as famílias quilombolas de Caatinguinha e demais famílias pertencentes ao território de Águas do Velho Chico. O percurso metodológico foi realizado de acordo com as técnicas e métodos da pesquisa de estudo de caso, com abordagem qualitativa, natureza explicativa e descritiva, fundamentos da pesquisa participante e de engajamento na causa quilombola. Os dados foram coletados através das entrevistas semiestruturadas realizadas com os quilombolas e possibilitou conhecer a realidade da comunidade Águas do Velho Chico, a partir do convívio com as famílias. Assim, o texto descreve o histórico de ocupação de Caatinguinha, sua relação com o Rio São Francisco; as estratégias políticas, sociais utilizadas pela comunidade, bem como as formas de resistência; os conflitos que envolvem a comunidade, o rio, e o território, demonstrando a interferência do Estado e das empresas. Além desse manuscrito, foi produzido um vídeo, Narrativas e Trajetórias Negras do Velho Chico, com duração de 10 minutos, com o intuito de documentar o envolvimento que a comunidade tem com o Território e a importância de Caatinguinha a partir do olhar de seus integrantes. A sua produção foi uma construção coletiva com o envolvimento de Caatinguinha e da Comissão do Território Águas do Velho Chico. 
Palavras-chaves: Território. Práticas Produtivas. Quilombolas. Ancestralidade. Parentesco.
Link:http://www.pgextensaorural.univasf.edu.br/wp-content/uploads/2021/09/Disserta%C3%A7%C3%A3o-Vers%C3%A3o-Final-25-02-21-Simone-Francisca-Ramos-de-Sousa-1.pdf


Hipertensão arterial e fatores associados em uma comunidade quilombola da Bahia, Brasil


Thalane Souza Santos Silva1, Catharine Abreu Bomfim1, Túlio César Rodrigues Leite1, Cristiano Soares Moura1, Najara de Oliveira Belo1, Laize Tomazi1


Resumo
Objetivo: Determinar a prevalência da hipertensão arterial (HA) e investigar fatores associados em uma comunidade quilombola da Bahia, Brasil. Métodos: A HA foi determinada por autorreferimento de diagnóstico feito por um médico ou enfermeiro. Por meio de questionário, foram coletados dados demográficos, socioeconômicos, hábitos de vida e alimentares e presença de comorbidades. Foram realizadas medidas antropométricas e dosagens bioquímicas para determinação de sobrepeso/obesidade, diabetes e dislipidemias. Empregaram-se análise univariada para determinar associação entre HA e variáveis de interesse, e análise múltipla por regressão de Poisson para estimativa das razões de prevalência. Resultados: A população estudada foi de 213 indivíduos maiores de 18 anos. A prevalência de HA foi de 38,5%. Após análise ajustada, permaneceram associados à HA: sexo feminino, idade, menor escolaridade, maior renda per capita, uso de medicamentos nos últimos 15 dias, obesidade e diabetes mellitus. Conclusões: Os resultados evidenciam a necessidade de ações intersetoriais voltadas para a melhoria das condições de vida e saúde dessa comunidade. A adequação da infraestrutura e do funcionamento do serviço de saúde local, bem como a realização de campanhas de promoção da saúde, pode contribuir para a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da hipertensão e outros agravos. 
Palavras-chave: hipertensão; fatores de risco; comunidades vulneráveis; grupo com ancestrais do continente africano.
Link:https://www.scielo.br/j/cadsc/a/kZ8JxT8mdChs4NnmLvmYdyN/?format=pdf&lang=pt





Feridas da transposição do São Francisco: um olhar sobre comunidades quilombolas do Semiárido Pernambucano



LÚCIA MARIA SOBRAL BARACHO


RESUMO
O Projeto da transposição do rio São Francisco, objeto do nosso estudo, tem gerado inúmeras situações de conflitos socioambientais, um dos exemplos de injustiça ambiental, registrado
pela Rede Brasileira de Justiça Ambiental. O projeto é apresentado pelo governo como “garantia” de água para o desenvolvimento sócioeconômico dos estados mais vulneráveis à seca do semiárido nordestino. Este estudo analisou a vulneração socioambiental decorrente do Projeto da Transposição do rio São Francisco nos territórios quilombolas de Santana, Contendas/Tamboril e Conceição das Crioulas, em Salgueiro-semiárido pernambucano- e as ações implementadas para minimizá-la. Para isto, caracterizou-se o Projeto da Transposição, sua proposta oficial e percepção dos sujeitos; foram caracterizadas as populações e territórios quilombolas; identificou-se a percepção dos sujeitos quanto à vulneração decorrente da transposição em seus territórios; e foram avaliadas as práticas educativas e ações implementadas pelo projeto para minimizar a vulneração. A metodologia foi um estudo de caso descritivo, com abordagens qualitativa e quantitativa. Os dados primários, obtidos com entrevistas e grupos focais, e os secundários com base em questionários aplicados com famílias quilombolas em 2009. As conclusões apontam que o projeto da transposição é um empreendimento que tem gerado violação de direitos das comunidades quilombolas de Salgueiro, provocando feridas e traumas indeléveis. Dentre os “impactos positivos” mencionados neste estudo, a maioria não se concretiza enquanto melhora ou mudança na qualidade de vida dessas comunidades. Ao contrário, os impactos negativos são uma realidade e dificilmente serão revertidos, como “intenciona” o projeto. Violação do direito à informação, à decisão pelos quilombolas, quanto a projetos que afetem a vida e seu território. Programas Ambientais não representam a demanda das populações quilombolas, caracterizando-se, em sua maioria, como medidas paliativas e não cumpridas; É necessária a estruturação de um canal de comunicação efetivo e regular, entre o Ministério da Integração, demais instituições governamentais e movimento quilombola, para acompanhamento e monitoramento do projeto; É necessária a apropriação, pelas comunidades quilombolas, das conquistas legais, fruto de mobilizações políticas, para assegurar direitos e fazer cumprir o que determina a legislação, uma das ferramentas de enfrentamento à violação de direitos e vulneração provocada pela transposição do rio São Francisco.

Palavras-chaves: População quilombola. Vulnerabilidade social. Vulneração. Território. Educação em Saúde. Educação Ambiental. Projeto da transposição. Rio São Francisco. Meio Ambiente.
Link: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14538

 


AS COMUNIDADES NEGRAS RURAIS QUILOMBOLAS DO MÉDIO SÃO FRANCISCO



Itamar Gomes Amorim


RESUMO
A região do Médio São Francisco vem experimentando, desde a década de 70 do século passado, alterações em suas atividades econômicas, estimulado pelas agências de fomento do Estado, que, através de financiamentos e empreendimentos, vem promovendo a inserção dessa região no contexto da globalização. A busca por terras, para realizar estas atividades, estimulou o recrudescimento de antigas disputas e a eclosão de novas. É neste ambiente que afloram as Comunidades Negras Rurais Quilombolas, reivindicando a posse da terra que ocupam imemorialmente. Este trabalho discute a regularização fundiária das Comunidades Negras Rurais Quilombolas da Região do Médio São Francisco, buscando compreender seu processo de distribuição espacial e aprofundando as investigações na Comunidade Negra Rural Quilombola Rio das Rãs no município de Bom Jesus da Lapa. A metodologia do trabalho consiste em uma revisão bibliográfica, levantamento das Comunidades no Estado da Bahia, elaboração de um Banco de Dados e as informações disponíveis orientarão elaboração de cartografia específica. Busca-se formular o conceito de Comunidades Negras Rurais Quilombolas que abarque estas comunidades no estado, vinculando ao conceito referendado na Constituição de 1988, que as identifica como Comunidades Remanescentes de Quilombo. O Banco de Dados das Comunidades, evidencia sua expressão na Região do Médio São Francisco, onde são identificadas 41 Comunidades, sendo que 13 possuem a propriedade da terra como Projeto de Assentamento. No tocante à Rio das Rãs, foi eleita para aprofundar a pesquisa, por ser a primeira reconhecida como Remanescente de Quilombo e por ter uma história de luta e vitória.
Palavras Chave: Quilombo; Luta pela terra; Território.
Link: http://ri.ucsal.br:8080/jspui/bitstream/prefix/1876/1/As%20comunidades%20negras%20rurais.pdf




AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HABITACIONAIS E DE SAÚDE DA COMUNIDADE QUILOMBOLA BOQUEIRÃO, BAHIA, BRASIL



Maise Mendonça AMORIM1; Laize TOMAZI2; Robson Amaro Augusto da SILVA3; Raquel de Souza GESTINARI4; Tiana Baqueiro FIGUEIREDO4
1. Doutora em Anatomia Humana, Professora de Anatomia Humana e Parasitologia Humana da Universidade Federal da Bahia –
UFBA, Vitória da Conquista, BA, Brasil. maimendonca@hotmail.com ; 2. Doutora em Microbiologia e Imunologia, Professora de Biologia Celular e Molecular – UFBA, Vitória da Conquista, BA, Brasil;3. Doutor em Patologia Humana, Professor de Histologia e
Embriologia – UFBA, Vitória da Conquista, BA, Brasil; 4. Doutora em Fisiologia e Fisiopatologia Clínica e Experimental, Professora de Biologia Celular e Molecular – UFBA, Vitória da Conquista, BA, Brasil.


RESUMO
A comunidade quilombola Boqueirão situada no município de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil é
formada por cerca de 500 indivíduos, e possui um único açude, com livre acesso de animais, utilizado para lavagem de roupa e coleta de água para utilização doméstica. O abastecimento de água é precário, assim como não há saneamento básico, visto que não existe água encanada e esgotamento sanitário, o que resulta no despejo de dejetos no açude e solos, comprometendo a qualidade da água consumida. Esses fatores associados ao acesso restrito da população aos serviços de saúde tornam esses indivíduos vulneráveis a doenças como infecções parasitárias. O objetivo deste trabalho foi realizar o levantamento das condições de habitação e saúde dos moradores do quilombo Boqueirão. A amostra foi composta por 467 indivíduos, que responderam a um questionário baseado em suas condições de moradia e saúde. Destes, 404 foram submetidos ao exame parasitológico de fezes para o diagnóstico de infecções parasitárias. A população é formada predominantemente por jovens ou adultos, lavradores, e a maioria das casas não possui água encanada e sanitário. A maioria da população utiliza exclusivamente o Sistema Único de Saúde, sendo a hipertensão arterial a doença pré-existente mais relatada. Em relação às parasitoses intestinais, as protozooses foram mais prevalentes que as helmintíases. A precariedade das moradias, do abastecimento de água e das condições de saneamento básico reflete o perfil sócioeconômico da população e a deficiência nas políticas públicas voltadas para a comunidade, justificando os dados encontrados referentes à prevalência de doenças crônicas e parasitárias.
PALAVRAS-CHAVE: Quilombos. Parasitoses intestinais. Protozooses. Helmintíases.
Link: http://www.seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/17308




O PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL ENQUANTO AÇÃO AFIRMATIVA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO



Danilo Moreira dos Santos2
danilo-2010moreira@hotmail.com Bacharel em Ciências Sociais
Universidade Federal do Vale do São Francisco – Univasf
 Luciana Duccini
luciana.duccini@univasf.edu.br Doutora em Ciências Sociais
Prof.ª Adjunto IV do Colegiado de Ciências Sociais – Univasf


RESUMO
O Programa de Assistência Estudantil (PAE) é um programa governamental de alocação de recursos, sobretudo financeiros, a estudantes que estejam em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Na Univasf o PAE também objetiva o apoio à redução de vulnerabilidades simbólicas a que estudantes oriundos de grupos específicos estão historicamente submetidos, visando à promoção de uma permanência mais digna na Universidade para esses indivíduos. Neste artigo se apresenta uma análise sobre o PAE contextualizando o seu funcionamento enquanto ação afirmativa, ao promover a igualdade de oportunidades entre os estudantes e poder, assim, contribuir para a redução dos índices de evasão. Apresentando alguns dados gerais sobre a execução do PAE em 2010, toma-se como referência para aprofundamento das análises dois de seus benefícios disponibilizados aos estudantes naquele período, considerando principalmente o auxílio de Bolsa-permanência, Edital 01/2010. Além disso, expõe-se uma análise sobre o Programa de Bolsa-permanência do Ministério da Educação, outra ação implantada na Univasf a partir do ano de 2013 e que também tem como objetivo minimizar desigualdades sociais que acometem estudantes oriundos de setores socialmente fragilizados, indígenas e quilombolas. 

Palavras-chave:Assistência Estudantil; Ação Afirmativa; Vulnerabilidade Socioeconômica; Permanência; PAE-Univasf.
Link: https://periodicos.univasf.edu.br/index.php/revasf/article/view/176/137




ACESSO À TERRA E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL NO MÉDIO SÃO FRANCISCO




ALICIA RUIZ OLALDE (1) ; GILCA GARCIA DE OLIVEIRA (2) ; GUIOMAR INES GERMANI (3) .
1.UNIVERIDADE FEDERAL DO RECONCAVO DA BAHIA, CRUZ DAS ALMAS, BA, BRASIL; 2,3.UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, SALVADOR, BA, BRASIL.


Resumo:
Este estudo avalia o desenvolvimento territorial e as formas de acesso à terra encontrados na região do Médio São Francisco (MSF), na Bahia. Teoricamente toma-se como base o enfoque de desenvolvimento territorial, destacando a multifuncionalidade do espaço rural como alternativa de sobrevivência das comunidades. O processo histórico de ocupação da região é percebido como reflexo do comportamento atual, principalmente nos aspectos relacionados ao acesso à terra. A atual relação existente foi caracterizada a partir de dados secundários, de entrevistas realizadas com técnicos e representantes de organizações e movimentos que atuam na região e por meio de informações relevantes levantadas em conjunto com as comunidades. Essa situação revela índices de desenvolvimento ainda baixos, embora tenha ocorrido uma relativa melhoria na qualidade de vida na última década. As diversas formas de acesso à terra: Projetos de Reforma Agrária, de Crédito Fundiário, Fundos de Pasto e as Comunidades Negras Rurais Quilombolas, demonstram a riqueza tradicional da região. A evolução do Índice de Gini revela o processo de valorização das terras na região, a partir da década de 70, com a implantação de projetos de irrigação e outros incentivos da ação governamental, trazendo a expulsão dos antigos moradores e de suas famílias. A organização e resistência destes segmentos sociais permitiu realizar significativas conquistas no acesso à terra, mas a luta atualmente é pela consolidação de formas de exploração que possibilitam a permanência das famílias na área, além da continuidade do processo de regularização fundiária e ampliação do acesso à terra.
Palavras-chave: Desenvolvimento Territorial, Sustentabilidade, Médio São Francisco
Link:  https://geografar.ufba.br/sites/geografar.ufba.br/files/2007_olalde_oliveira_e_germani_0.pdf




SOBREPOSIÇÕES TERRITORIAIS NO RECÔNCAVO BAIANO: A RESERVA EXTRATIVISTA BAÍA DO IGUAPE, TERRITÓRIOS QUILOMBOLAS E
PESQUEIROS E O POLO INDUSTRIAL NAVAL 


BRUNA PASTRO ZAGATTO



RESUMO: 
Este artigo trata de um caso complexo de tripla sobreposição territorial na região da Baía do Iguape, no Recôncavo Baiano, envolvendo territórios quilombolas já delimitados ou em fase de identificação, a Reserva Extrativista Baía do Iguape e o Polo Industrial Naval da Bahia, em fase de implementação. Em questão estão distintos interesses, por vezes convergentes, por vezes antagônicos, das empresas do setor petrolífero e da indústria naval, do Governo do Estado da Bahia, dos institutos federais (Instituto de Colonização e Reforma Agrária – INCRA e Instituto Chico Mendes – ICMBio) e das populações tradicionais, mais especificamente dos quilombolas e dos pescadores artesanais. O trabalho busca apresentar brevemente as diferentes propostas de ocupação e ordenamento territorial para a região e os conflitos delas decorrentes. 

PALAVRAS-CHAVE: Sobreposições territoriais, territórios quilombolas, reserva extrativista, polo industrial naval.
Link: https://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/ruris/article/view/1881




Nas margens do São Francisco: sociodinâmicas ambientais, expropriação territorial e afirmação étnica do Quilombo da Lapinha e dos vazanteiros do Pau de Légua


Elisa Cotta De Araújo



RESUMO:

As sociodinâmicas ambientais viabilizadas por práticas cotidianas de apropriação e significação do ambiente natural empreendidas pelas comunidades negras da beira do São Francisco, Quilombo da Lapinha e Vazanteiros do Pau de Légua constituem-se o objeto desta dissertação. As práticas sociais encontram-se inseridas em processos de disputa territorial e em um quadro de crescente cerceamento das estratégias tradicionais de reprodução material, social e simbólica. Os membros destas coletividades por vivenciarem a produção política de identificações diferenciadoras emergem no cenário regional e nacional como comunidades quilombolas e/ou vazanteiras que buscam o reconhecimento étnico e a afirmação de direitos constitucionais coletivos. A interpretação realizada está alicerçada em pesquisa etnográfica realizada por meio de observação participante desenvolvida a partir de incursões junto às coletividades que formam e conformam as duas comunidades estudadas. Inserida na vida cotidiana pude acompanhar os processos sociais incidentes, ao mesmo tempo em que procurei apreender as diversas dimensões da realidade social. A leitura construída percorre dois caminhos: a descrição das práticas sociais cotidianas hodiernas de vinculação com a natureza e a historicização dos processos de territorialização. A articulação destas duas perspectivas analíticas permitiu compreender a singularidade da interface homem e natureza das comunidades quilombolas e/ou vazanteiras, como também as dinâmicas políticas e econômicas mais amplas que confluíram para produzir o encurralamento destes grupos.

Palavras–chave: sociodinâmica; processo de territorialização; identidade étnica; resistência; conflito.
Link: https://www.posgraduacao.unimontes.br/uploads/sites/20/2019/06/Elisa-Cotta-de-Ara%C3%BAjo.pdf




NOVOS LUGARES E OLHARES: AS TRAJETÓRIAS SOCIOESPACIAIS DOS/DAS ESTUDANTES QUILOMBOLAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS – CÂMPUS ARAGUAÍNA NOS ANOS DE 2016 E 2017



UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE ARAGUAÍNA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA EM GEOGRAFIA 


MARCOS ANTONIO PEREIRA NETO


RESUMO:
Neste trabalho analisamos as trajetórias socioespaciais dos estudantes quilombolas da Universidade Federal do Tocantins, no câmpus de Araguaína entre os anos de 2016 e 2017, com o intuito de entender como se dá o ingresso e a permanência desse grupo no caminho universitário. A partir disso, cartografamos as trajetórias desses interlocutores para entendermos os lugares até a chegada na universidade. A pesquisa se dá por meio de analises de dados institucionais e de entrevistas com esses estudantes, para assim termos um apanhado de como se realizou as suas trajetórias, gerando vivências a partir da universidade e classificando-a como lugar topofílico ou topofóbico a partir da definição de Tuan (1980), firmando o seu conceito e levando para uma cartografia oral onde eles são os protagonistas das representações nos planos cartográficos redefinindo assim num plano de onde saíram e em que circunstâncias, por onde percorreram em suas vidas para chegarem, permanecerem e saírem da universidade.

Palavras-Chave: Trajetórias socioespacial; Estudantes quilombolas; UFT Araguaína.

Link de acesso: https://drive.google.com/file/d/1NLftMeYsY3rN3mvYW4_jB4lEKdwueHvd/view?usp=sharing



OS QUILOMBOLAS E SEUS CONHECIMENTOS TRADICIONAIS: UM RELATO DA PRÁTICA DA MANDIOCULTURA NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE LAGOINHA



JOSÉ HENRIQUE SANTOS SOUZA



As, comunidade quilombolas do território sertão do São Francisco, tem cultivos muitos antigos, a produção agrícola dessas comunidades negras rurais, sempre foi um forte para elas, foi assim que elas sobreviveram no aquilombamento, e conseguiram colher o que plantavam, nasce aí também junto os princípios de agroecologia, na história dos povos tradicionais. O cultivo da mandioca tem um caráter cultural muito forte na comunidade, todo seu processo produtivo desde do plantio, até os derivados, requerem um trabalho coletivo muito intenso, além do fortalecimento do trabalho familiar e de todo aproveitamento que a planta traz. É nessa força do trabalho coletivo que o quilombo Lagoinha, desde da sua primeira geração, cultiva essa planta. Com isso esse trabalho tem o objetivo de relatar a trajetória da comunidade quilombola de Lagoinha, no processo histórico da produção da mandioca. Além disso, traz também, fatos de como essa produção caracteriza os aspectos culturais e geográficos da comunidade.




OS INSTRUMENTOS TECNOLÓGICOS DIGITAIS E SUAS
CONTRIBUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DA JUVENTUDE DA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE LAGOINHA-BA



INSTITUTO FEDERAL DO SERTÃO PERNAMBUCANO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM TECNOLOGIAS DIGITAIS APLICADAS À EDUCAÇÃO - TECDAE


JOSÉ HENRIQUE SANTOS SOUZA



RESUMO:

As tecnologias digitais têm impulsionado mudanças metodológicas no cotidiano de comunidades tradicionais. Nesse sentido, compreende- se que as comunidades quilombolas nos últimos anos vêm buscando alternativas para alcançar o desenvolvimento, principalmente o tecnológico, e assim ao formar os jovens, estes sentem-se empoderados para ajudar as comunidades. Este trabalho tem como objetivo apresentar e analisar a realidade tecnológica da juventude da comunidade quilombola de Lagoinha, e como a inserção dos instrumentos digitais influenciam no cotidiano da comunidade. Esse estudo é considerado relevante visto que há poucos estudos no país sobre a contribuição do uso das tecnologias em comunidades quilombolas, bem como os benefícios que o uso dos instrumentos tecnológicos podem viabilizar para os jovens das comunidades quilombolas. Para tanto, sua realização só foi possível com ajuda da fundamentação teórica de diversos autores acerca da realidade das comunidades quilombolas e do aparato legal que permite a essas comunidades terem acesso a esses bens, além de referências sobre os instrumentos tecnológicos digitais. Como metodologia, é uma pesquisa quantitativa e contou com um questionário realizado com 13 moradores da comunidade, no qual os participantes responderam perguntas referente ao contato deles com a tecnologia. O resultado desse estudo revela a necessidade de propor aos poderes públicos que sejam direcionadas políticas públicas para desenvolver e aproveitar as potencialidades locais dessas comunidades.

Palavras-chave: Juvenilidade; tecnologias digitais; comunidades quilombolas, quilombo Lagoinha.




DINÂMICA SOCIOPRODUTIVA DA COMUNIDADE QUILOMBOLA SÍTIO DE LAGOINHA - CASA NOVA BAHIA



SOUZA, José Henrique Santos, RODRIGUES, Luana Pereira, SILVA, Maíra Carla Santos da Costa, SILVA, Eva Mônica Sarmento da, ARAÚJO, Nilton de Almeida, SILVA, Flaviane Maria Florêncio Monteiro.
Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF, henryque.jose03@gmail.com; pr.luana@gmail.com; maira.carlaagroecologia@gmail.com; evasarmento@yahoo.com.br; nilton.almeida@univasf.edu.br; flaviane.silva@univasf.edu.br



Área Temática: EXTENSÃO RURAL



RESUMO:

Este estudo analisou a Dinâmica Socioprodutiva da Comunidade Quilombola Lagoinha Casa Nova-BA. A Metodologia para a perspectiva agroecológica foi através do Diagnóstico Rural Rápido Participativo (DRP), em uma abordagem qualitativa, foi utilizada a metodologia participativa, onde se realizou um diagnóstico para a elaboração de planos futuros de manejos do agroecossistema. Verificou-se que a vocação agropecuária dos quilombolas apresenta uma relação forte com a terra, uma tradição herdada dos ancestrais, onde a produção é para o consumo e o excedente para a comercialização. Mesmo com acesso a terra, a falta de tecnologias adequadas de armazenamento de água, dificulta a condição das famílias, que se encontram em um processo histórico de vulnerabilidade. A realidade do contexto analisado não difere das demais comunidades negras, em que o Estado brasileiro nega os direitos básicos que são assegurados pela Constituição de 1988 e outros dispositivos legais, nacionais e internacionais.

Palavras-chave: Agroecologia, Quilombo, Dinâmica Socioprodutiva, DRP.




Quilombos de Juazeiro: enfrentamentos e perspectivas a partir de uma abordagem fotoetnográfica



Márcia Guena Santos



RESUMO:

Este artigo tem como objetivo traçar um perfil do processo incipiente de certificação de oito comunidades negras rurais quilombolas de Juazeiro (BA), de acordo com os parâmetros estabelecidos pela legislação em vigor, a partir de um conjunto de discussões e resultados obtidos na pesquisa “Perfil Fotoetonográfico das Populações Quilombolas do Submédio São Francisco: identidades em movimento”. Tendo como principal referencial metodológico a fotoetnografia, esta pesquisa tem desenvolvido um banco de dados virtual, utilizando também outras linguagens da comunicação como vídeos e entrevistas gravadas, sobre essas comunidades tradicionais, com resultados concretos sobre oito delas, os quais têm mostrado a ausência de políticas públicas e de processos concretos que levem à certificação desses territórios, muitos dos quais tem uma história de ocupação quilombola de mais de 200 anos, com a preservação de traços importantes da cultura afrodescendente.

Palavras chave: Quilombos; Juazeiro; certificação quilombola;fotoetnografia.




Avaliação da Potabilidade da Água Consumida por Quilombolas em Juazeiro, BA, Brasil



Roberto de Oliveira*Fernanda Granja da Silva Oliveira;Maria Aparecida Barboza dos Santos;Tâmara de Almeida e Silva;Geraldo Jorge Barbosa de Moura.



RESUMO:

As comunidades quilombolas destacam-se no cenário nacional, pela carência de estudos em especial no que se refere às condições ecosanitários e de qualidade de vida. Politicamente, passaram a ter maior visibilidade, a partir da Constituinte de 1988 O presente trabalho objetivou avaliar os padrões de potabilidade da água usada para consumo humano na Comunidade Quilombola de Barrinha da Conceição, Juazeiro, Bahia. A Comunidade está localizada na zona rural do munícipio (S 9°27’46’’ e W 40°33’09,3’’) a aproximadamente 05 quilômetros da sede, às margens do Rio São Francisco, ocupando uma área de aproximadamente 14,5 há onde vive uma população de cerca de 45 habitantes. A água consumo humano é captada diretamente do Rio São Francisco, chegando às residências, sem nenhum tratamento. A coleta e análise de água utilizou o método substrato cromogênico e fluorogênico. Foram realizadas análises físico-químicas e bacteriológicas. Também foram aplicados questionários estruturados para compreensão do consumo de água e informações sobre as ocorrências de doenças relacionadas com a água consumida pela comunidade. Foi detectada a presença de coliformes totais e Escherichia coli em 100% das amostras, estando, portanto, em desconformidade com a Legislação vigente que trata do controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Outros problemas socioambientais foram detectados, como o destino de urina e fezes a céu aberto e o do lixo produzido na comunidade, de forma aleatória no território, por não haver coleta sistemática. Assim, faz-se necessário a aplicabilidade de políticas públicas para garantir a cidadania das comunidades quilombolas.

Palavras chaves: Povos tradicionais, qualidade da água, políticas públicas.




TERRITÓRIO E IDENTIDADE EM COMUNIDADE QUILOMBOLA NO NORDESTE DO BRASIL



Roberto Oliveira Universidade do Estado da Bahia (UNEB, Campus VIII, Paulo Afonso/BA)
Tâmara de Almeida e Silva Universidade do Estado da Bahia (UNEB, Campus VIII, Paulo Afonso/BA)
Geraldo Jorge Barbosa de Moura Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
Erika Maria Asevedo Costa Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)


RESUMO:

Este trabalho objetivou investigar a compreensão dos habitantes da comunidade Barrinha da Conceição-Juazeiro/BA sobre questões relativas à identidade e território, dentro da perspectiva da Ecologia Humana. Os dados foram coletados através de entrevistas e diálogos livres, além de revisão bibliográfica e documental. Embora não tenha sido constatado problema de ordem fundiária, Barrinha da Conceição, apresenta problemas estruturais e socioeconômicos comuns às comunidades negras no país.

Palavras-chave: Povos tradicionais; políticas públicas; territorialidades.




Do Envolvimento à Territorialização da Comunidade Quilombola de Negros de Gilú, em Itacuruba - PE



Simone Francisca Ramos de Sousa1, Nilton de Almeida Araújo2, Lúcia Marisy Souza Ribeiro de Oliveira3



1Graduada em Ciências Sociais pela UFPI - Universidade Federal do Piaui.Mestranda em Extensão Rural - PPGExR / UNIVASF, Especialista em Estado e Direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais - UFBA, Antropóloga do INCRA. 2Professor Adjunto de História do Brasil - Ciências Sociais / UNIVASF e do Programa de Pós Graduação em Extensão Rural / UNIVASF, Coordenador do Núcleo de Estudos Étnicos e Afro-Brasileiros Abdias Nascimento - Ruth de Souza -NEAFRAR. Licenciado em História / UEFS, 2002. Mestre em Ensino, Filosofia e História das Ciências - UFBA / UEFS, 2006. Doutor em História Social - UFF, 2010 3Pedagoga. Especialista em Metodologia do Ensino Superior. Mestra em Desenvolvimento Regional. Doutora em Desenvolvimento Socioambiental. Docente Associada IV da UNIVASF. Pesquisadora do CNPq em Extensão Inovadora. Pesquisadora nas temáticas Agricultura familiar e Populações Tradicionais. Coordena projetos de Extensão nas Áreas de Desenvolvimento Territorial; Inclusão Digital e Agroecologia. Docente no mestrado acadêmico Saúde e Ciências Biológicas e no mestrado profissional em Extensão Rural. Docente no 10 Doutorado em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial. Universidade Federal do Vale de São Francisco 



Resumo:

O objetivo deste estudo foi descrever a trajetória dos quilombolas denominados Negros de Gilú, na luta pela permanência na terra a partir da construção da Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga na década de 1980 do século 20 pela CHESF - Companhia Hidroelétrica do São Francisco, na localidade de Itacuruba, no estado de Pernambuco. É um estudo exploratório, desenvolvido por meio de pesquisa documental, envolvendo relatórios e processos administrativos instituídos pelo INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária; laudo antropológico emitido pela UFPE - Universidade Federal de Pernambuco; documentos e relatórios da Fundação Palmares, que orientou essa população sobre os caminhos a serem percorridos na busca de seu ideal, e atas de reuniões deliberativas da associação quilombola Gilú, cujos dados compilados deram origem a este artigo. Palavras-chave— Quilombolas, negros do Gilú, Itacuruba, desenvolvimento sustentável, Território.





Narrativas fotoetnográficas: A construção coletiva da memória imagética de comunidades quilombolas de Juazeiro (BA)



Universidade do Estado da Bahia, Juazeiro, BA
Danilo ARAÚJO


RESUMO:

Este trabalho expõem os resultados parciais do subprojeto "Narrativas fotoetnográficas: A construção coletiva da memória imagética de três comunidades quilombolas”, a partir do banco de imagens que integram o projeto “Perfil Fotoetnográfico das Populações Quilombolas do Submédio São Francisco: Identidades em Movimento” 3. Moradores das comunidades de Barrinha do Cambão, Curral Novo e Rodeadouro analisaram as imagens realizadas sobre elas levando em conta aspectos como territorialidade e representação, sugerindo novos conteúdos para a construção de uma narrativa visual que melhor as representasse. Construímos então narrativas fotográficas das comunidades com a participação de sete famílias, discutindo os conceitos de quilombo e fotoetnografia.

PALAVRAS-CHAVE: Comunidades Quilombolas; Fotoetnográficas; Curral Novo; Barrinha do Cambão.




Revisando memórias e reinventando identidades nos álbuns de família de comunidades quilombolas



Márcia Guena dos Santos2 Uilson Viana de Souza3
Universidade do Estado da Bahia


RESUMO:

O projeto de pesquisa “Perfil Fotoetnográfico das Populações Quilombolas do Submédio São Francisco: Identidades em Movimento” tem realizado estudos sobre memória, história e território, através da investigação dos álbuns fotográficos de famílias em algumas comunidades investigadas. Neste artigo apresentamos como as narrativas construídas através da leitura dos álbuns de família pelos próprios sujeitos contribuem para a discussão de suas identidades, tendo como referência o marco legal quilombola, em duas comunidades de Juazeiro, na Bahia, Alagadiço e Curral Novo. Esta pesquisa concluiu que as fotografias armazenadas em álbuns de família representam uma importante linguagem para acessar memórias e identidades, colaborando para a inserção nos marcos cidadãos instituídos pelo Estado com relação aos direitos quilombolas.

Palavras chave: Fotografia; álbuns de família; memória; quilombos




QUILOMBOS DA BAHIA: PRESENÇA INCONTESTÁVEL



Itamar Gomes Amorim e Guiomar Inez Germani 



Nas Américas as Comunidades Quilombolas recebem várias denominações,
Cimarone na América Espanhola, Marrons no Haiti e ilhas do Caribe francês, Maroons na Jamaica, Suriname e sul do E.U.A., Palenques na Colômbia e Cuba, Cumbes na Venezuela, Quilombo ou Mocambos no Brasil. Esta pesquisa visa compreender a espacialização das Comunidades Negras Rurais Quilombolas na Bahia, com intuito de interpretar suas estratégias de localização e reprodução. A metodologia deste trabalho constitui-se em revisão bibliográfica, manutenção do Banco de Dados existente no projeto GeografAR, produção de cartogramas e pesquisa nos órgãos que trabalham com regularização fundiária do estado da Bahia. Com o desenvolvimento dos meios de produção, construção de infraestruturas, empreendimentos turísticos e outras atividades em que a terra irá passar por um processo de valorização, várias Comunidades estão sendo coagidas por latifundiários, empresários e até mesmo pelo Estado, tornando seus territórios cenários de conflitos pela posse da terra, e as que não resistem ao enfrentamento migram de seus territórios. Esses fatos provocaram reações das Comunidades, Sindicatos, Organizações do Movimento Negro, Igreja, parlamentares entre outros que se sensibilizaram e recorreram ao Estado reivindicando o reconhecimento e a legalização das terras destas Comunidades. O reconhecimento das áreas dos Remanescentes das Comunidades de Quilombos, através da Constituição de 1988, leva o conflito para outras esferas. Na Bahia têm-se identificadas 387 Comunidades com diferentes situações fundiárias. A sistematização da situação fundiária é um dos objetivos que esta pesquisa ora em andamento visa alcançar para posteriormente debruçar-se na Comunidade Negra Rural Quilombola Rio das Rãs.




A Construção da Identidade Quilombola na Percepção dos Jovens de Araçá/Cariacá, Bom Jesus da Lapa- Bahia


UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO- CAMPUS – I PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E CONTEMPORANEIDADE

KLEIDE IRACI MARQUES SILVA


RESUMO: 

Este estudo traz reflexões sobre a construção da identidade quilombola na percepção dos jovens da comunidade Araçá/Cariacá, localizada no município de Bom Jesus da Lapa, no Oeste da Bahia. O objetivo é compreender como os jovens constroem suas relações de pertencimento a uma comunidade negra quilombola na contemporaneidade. Este objeto de estudo foi construído a partir do meu envolvimento com o Curso de Capacitação e Acompanhamento de Professores de Mangal/Barro Vermelho e Araçá/Cariacá e da colaboração com o Programa AFROUNEB. Trata-se de uma pesquisa qualitativa numa perspectiva etnográfica que busca compreender os jovens localmente em diversas situações sociais, através do conceito de geração de Karl Mannheim. Para a coleta de dados utilizamos observação, entrevista semi-estruturada, questionário, diário de campo e registros fotográficos. Na análise de dados, lançamos mão da análise de conteúdo por temática. Os resultados revelam que os sujeitos constroem sua identidade juvenil quilombola dentro de uma complexidade de relações em meio a dois universos culturais: rural e urbano. A necessidade de realização, cujas escolhas profissionais dos jovens são urbanas os atrai para a cidade onde vão mais cedo para concluir a educação básica e para trabalhar. Há uma demanda de políticas de fixação do jovem para dar continuidade à comunidade.

Palavras-chave: Geração. Juventude Quilombola. Identidade. Educação.




PANORAMA QUILOMBOLA





EDITORIAL: 

O Boletim Panorama Quilombola é um
projeto do Programa Quilombos: memórias, configurações regionais e os desafios da desdemocratização, desenvolvido pelo Núcleo Afro Cebrap em parceria com o LaPPA – Laboratório de Pesquisa e Extensão com Povos Tradicionais e Afro-Americanos. Seu objetivo é dar visibilidade à temática quilombola, abordando-a de forma qualificada, por meio de uma linguagem acessível, a partir do diálogo entre a militância e a academia. Nosso foco está no monitoramento da abordagem do tema na mídia, na produção de breves dossiês temáticos e de entrevistas com personagens quilombolas de destaque.
O BPQ Entrevista apresenta trechos de entrevistas com personalidades importantes da história ou da articulação política, social ou cultural do movimento quilombola contemporâneo. As entrevistas, realizadas por meio de rodas de conversa com a equipe BPQ e pesquisadores e militantes convidados, fazem parte do projeto de História Oral do Movimento Quilombola.



LINK: https://cebrap.org.br/wp-content/uploads/2021/04/BPQ2-28abril.pdf 
https://drive.google.com/file/d/1BV_hBBbvObBD8NgSa7Jbzhm8DCr5piay/view?usp=sharing
 




ALAGADIÇO: MEMÓRIAS E IDENTIDADES DE UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE JUAZEIRO – BA, UMA ABORDAGEM AUDIOVISUAL 



UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EXTENSÃO RURAL – PPGExR

 ADEILTON GONÇALVES DA SILVA JÚNIOR 


RESUMO:

Com o objetivo de evidenciar, através de um vídeo documentário, as nuances da representação da comunidade quilombola de Alagadiço em Juazeiro – BA, primeira comunidade reconhecida neste município, esta dissertação pretende sistematizar o processo de construção do Doc “Alagadiço: Memórias e Identidades de uma Comunidade Quilombola”, bem como do Minidoc “Alagadiço: Um Quilombo no Sertão”. Este trabalho pretende ainda fazer um resgate sobre alguns fatos históricos da escravidão no Brasil, na Bahia e em Juazeiro afim de contextualizar a presença negra nesse município.

Palavras-chave: Quilombo; Comunidade quilombola; Documentário; Comunidade Alagadiço.







REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE USUÁRIAS, PRATICANTES E ESPECTADORES DA EXTENSÃO RURAL NO CONTEXTO DA COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO NOVA JATOBÁ EM CURAÇÁ-BAHIA


UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EXTENSÃO RURAL

Danilo Moreira dos Santos
2018



Resumo:

Este estudo objetiva analisar as Representações Sociais de quilombolas e extensionistas acerca da extensão rural e identidade étnica no contexto da Comunidade Remanescente de Quilombo Nova Jatobá, Curaçá-Bahia. A metodologia segue uma abordagem qualitativa, tendo como principais instrumentos de coleta de dados a entrevista semiestruturada com 13 participantes e a observação, por meio das quais se busca apreender atitudes representacionais de sujeitos relacionados como usuários, praticantes e espectadores em meio a um contexto de execução de ações de desenvolvimento rural através de entidade não governamental. Para tanto, toma como importantes referenciais a Teoria das Representações Sociais proposta por Serge Moscovici (2003) em alargamento à Teoria das Representações Coletivas de Émile Durkheim (1999; 2007), e a Teoria da Análise de Discurso de linha francesa, na perspectiva de Eni Orlandi (2005), com sua concepção de silêncio (ORLANDI, 2007). Pode-se verificar, em relação aos quilombolas, como a cultura e a identidade perfazem suas representações da realidade, fixando-se, por exemplo, sentidos de unidade no trabalho e de trabalho coletivo enquanto formas representativas da Extensão Rural e outros objetos, embora uma característica polissêmica amplifique os sentidos presentes no discurso, atravessando-o com outras representações inclusive às vezes convergentes com as dos extensionistas. Acerca destes, também se nota uma polissemia no discurso, sobressaindo, às vezes, a ancoragem de representações atravessadas pelo sentido tecnicista que explicita a Extensão Rural como fluxo de ações assistivas direcionadas a um público-alvo, distanciadas de princípios dialógicos. Não obstante, entre as representações compartilhadas em torno dos objetos discursivos, ambos os grupos buscam estabelecer primordialmente uma valoração positiva da identidade étnica na comunidade, da Extensão Rural e da atuação institucional e extensionista, porém fazendo entremear sentidos outros a partir do não dito que atravessa o dizível e mesmo do contraste presente no próprio discurso ou nos sentidos que o atravessam. Verifica-se que representações negativas também se relacionam ao jogo discursivo e de objetivação e ancoragem dos objetos da realidade, inclusive no âmbito de constituição da identidade quilombola, sobre a qual se explicita a influência de princípios contrários a uma ideia de “neutralidade racial” nos processos de interação, confrontantes com o próprio sentido de autoafirmação identitária. 

Palavras-chave: Representações sociais, Extensão rural, Comunidade Remanescente de Quilombo, Identidade étnica.





A Comunidade Remanescente de Quilombo Nova Jatobá 



Danilo Moreira dos San tos 
Nilton de Almeida Araújo
 Helder Ribeiro Freitas
2018


Este produto é parte dos resultados alcançados mediante pesquisas realizadas para elaboração da Dissertação de Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural (PPGExR), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), sob orientação do prof. Dr. Nilton de Almeida Araújo e coorientação do prof. Dr. Helder Ribeiro Freitas.


Os quilombos são uma das mais importantes instituições da história social, econômica, política e cultural do Brasil. E das mais desconhecidas e mal compreendidas. Os quilombos contemporâneos são, em primeiro lugar, coletividades predominantemente negras. Certamente prevalecem as comunidades rurais, em um campesinato organizado em territórios que, de geração para geração, são o espaço vital para a vivência e sobrevivência social, econômica, política, cultural e simbólica. Isso tanto no que concerne ao campo, quanto a conjuntos quilombolas também presentes nos espaços urbanos. A despeito de sua centralidade histórica, ainda prevalecem no senso comum estereótipos equivocados dessas coletividades enquanto comunidades arcaicas e primitivas ou comunidades pobres como quaisquer outras e, paradoxalmente, sem necessidade de quaisquer direitos, tratamento específico ou “privilégio”. Essa última acusação é cada vez mais frequente, na medida em que tal segmento se coloca no caminho de poderosos interesses econômicos e políticos. Territórios de uma liberdade conquistada à revelia dos donos do poder, na luta e na labuta, durante a escravidão e depois dela também, os quilombos integram nosso passado, presente e, em particular, nosso futuro. Destarte, conhecer o presente do Quilombo Nova Jatobá, por meio do trabalho desenvolvido com Danilo Moreira, é oportunidade para conhecer e compreender a partir de um caso concreto as vicissitudes, desafios e complexidades do ser quilombola no século XXI. 

Prof. Dr. Nilton de Almeida/UNIVASF.

Link:
http://www.pgextensaorural.univasf.edu.br/wp-content/uploads/2019/02/Danilo-Moreira-dos-Santos.pdf



“A CULTURA DE UM POVO QUE LUTA”: UMA PRODUÇÃO
AUDIOVISUAL SOBRE A SOCIOLOGIA RURAL DA COMUNIDADE QUILOMBOLA LAGE DOS NEGROS – BA



UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EXTENSÃO RURAL

 ISABELA ESTEVES GOMES
2018


RESUMO:

 O presente trabalho integra o mestrado profissional em Extensão Rural da Universidade Federal do Vale do São Francisco e consiste na documentação em vídeo da história social da comunidade quilombola Lage dos Negros, localizada no território rural de Campo Formoso – BA, para tal ação, utilizou-se de metodologias participativas próprias da área de Extensão Rural para reunir material informativo que compôs o vídeo, produto final da pesquisa. Adota-se como procedimento metodológico a compreensão dos participantes da pesquisa, moradores da comunidade, como protagonistas das ações, sendo a pesquisadora e idealizadora, uma mediadora entre os saberes populares e sua documentação em vídeo. Para esta ação, utiliza-se como aporte teórico, os conceitos da sociologia rural, educomunicação e história social. As informações coletadas na pesquisa, durante o trabalho de campo, tais como os registros das falas da comunidade, as imagens e áudios captados, além de fotografias, deram a estrutura são os materiais informativos do vídeo. Pretende-se assim, contribuir com reflexões sobre a ruptura paradigmática em Extensão Rural, problematizando a vida rural para além das atividades produtivas restritas à agricultura e à criação de animais, apresentando as múltiplas dimensões sociológicas, nas quais um grupo social se organiza, desenvolve seus saberes e influencia sua cultura, sua forma de viver e interpretar o mundo, sendo elas a demográfica, cultural, naturalambiental, política e econômica, compondo sua sociologia rural.

Palavras-chave: Metodologias Participativas. Comunidade Quilombola. Extensão Rural. Documentário Etnográfico. Sociologia Rural.

Link:
Documentario:
https://www.youtube.com/watch?v=pgyw9kc7iV0&feature=youtu.be



 SER COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO: Um estudo sobre a comunidade Cariacá em Senhor do Bonfim-BA



UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EXTENSÃO RURAL Mestrado Profissional em Extensão Rural

PALOMA SUELEN FERNANDES DE FRANÇA
2019


RESUMO:
Essa dissertação é resultado de uma pesquisa etnográfica realizada na comunidade de Cariacá, localizada no município de Senhor do Bonfim/BA e certificada como remanescente de quilombo pela Fundação Cultural Palmares em 2005. Sua realização se deu como forma de responder a algumas inquietações surgidas no meu trabalho enquanto assistente social com estudantes da Universidade Federal do Vale do São Francisco e que se autodeclaravam quilombolas. Nesse sentido, tendo em vista que minha atuação com sujeitos oriundos de Comunidades Remanescentes de Quilombo nunca havia se dado no espaço próprio de vida dessas pessoas, o objetivo principal deste trabalho é, através da experiência vivenciada por Cariacá, conhecer de perto o que é uma Comunidade Remanescente de Quilombo investigando o seu passado, mas, sobretudo, evidenciando em seu presente, o processo para a obtenção da certificação, as principais mudanças e os dilemas identitários decorrentes do seu reconhecimento como comunidade quilombola. Considerando que me propus a analisar essa realidade com base em conceitos ainda pouco aprofundados na literatura do Serviço Social, boa parte do referencial teórico utilizado nessa pesquisa é do campo da antropologia uma vez que seus estudos sobre grupos étnicos e etnicidade me parecem indispensáveis para nos ajudar a pensar esses agrupamentos para além da “raça”, da cor da pele e da descendência, muito embora esse modo de percebê-las não represente um consenso no meio acadêmico e na militância. 

Palavras chave: Comunidades Remanescentes de Quilombo, identidade, reconhecimento, grupos étnicos, etnicidade, fronteiras





Quilombos do submédio São Francisco: definições e delimitações



Márcia Guena dos Santos1; Ilana Copque Fialho2; Juliano Ferreira do Carmo; Mauricio Fidalgo3


RESUMO:
Este artigo traz alguns resultados preliminares da pesquisa intitulada "Perfil fotoetnográfico das comunidades quilombolas da região do submédio São Francisco", que pretende realizar, em especial, um mapeamento dos quilombos rurais nos municípios de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). A princípio o texto discute os conceitos de quilombos empregados por historiadores e antropólogos, justificando o porque da adoção da terminologia “comunidades negras rurais quilombolas”, passando pela lei de demarcação de áreas quilombolas, bem como as estatísticas concernentes. O artigo traz ainda os resultados da primeira visita realizada a um quilombo da região do Vale do São Francisco, a comunidade Barrinha da Conceição, localizada no Município de Juazeiro.

Palavras chave: quilombos; fotoetnografia; comunidades rurais negras quilombolas





Perfil da comunidade quilombola do Alagadiço: entre textos e imagens (Juazeiro-Ba)

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XVI Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – João Pessoa - PB – 15 a 17/05/2014


  
Márcia Guena dos Santos
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Juazeiro, Bahia



Resumo:
Este artigo tem por objetivo apresentar o perfil através de textos e imagens da comunidade quilombola do Alagadiço, localizada na cidade de Juazeiro, Bahia, o qual tem contribuído no processo de certificação junto à Fundação Palmares, a primeira do município a pleitear esse reconhecimento. Esse trabalho apresenta uma parte dos resultados obtidos pela pesquisa “Perfil Fotoetnográfico das Populações Quilombolas do Submédio São Francisco: Identidades em Movimento”, que utiliza a fotoetnografia como principal metodologia. Inicialmente trabalhamos com a observação participante com registro de imagens, vídeos e entrevistas em áudio e, na atual fase da pesquisa, desenvolvemos a pesquisa ação. Parte da produção tem sido veiculada em plataformas virtuais, após autorização dos moradores das comunidades quilombolas.

 Palavras-chave Fotoetnografia; Comunidades Quilombolas; Pesquisa Ação; Imagem Técnica  





INSERÇÃO DOS SABERES-FAZERES QUILOMBOLAS DA ESCOLA DE CALDEIRÃO – UIBAÍ - BA: DIÁLOGOS ARTÍSTICO-CULTURAIS.



UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CAMPUS IV - JACOBINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE (MPED)

FABIANA LOPES CAVALCANTE
2018


RESUMO:

Este texto dissertativo apresenta a pesquisa do Mestrado Profissional em Educação e Diversidade (MPED), a qual foi desenvolvida na comunidade de Caldeirão - Uibaí-BA, povoado registrado como quilombola pela Fundação Cultural Palmares em 2004. A proposta surgiu pelo silenciamento da esfera pública quanto à formação em exercício dos seus professores/as, especialmente, dos anos finais do Ensino Fundamental (EF), e por compreender que as vivências culturais da comunidade devem fazer parte da proposta pedagógica dessa escola, o que requer essa formação em exercício permanente e contextualizada. Este estudo partiu do questionamento sobre quais os saberes-fazeres artísticoculturais quilombolas do campo versam sobre valores para as produções afro-brasileiras e africanas, como forma de potencializar a educação na escola investigada. Para isso, elencamos os objetivos e seus respectivos dispositivos: 1)catalogar as produções artístico-culturais da escola que fazem parte da identidade da comunidade lócus da pesquisa. Para alcançar este objetivo, usamos como dispositivo a Análise Documental. Nesse momento, como não há currículo formalizado, debruçamos o olhar interpretativo sobre os documentos encontrados na escola: Regimento, Projeto Político Pedagógico (PPP), planejamentos e demais registros de atividades, para depois: 2) conhecer a cultura quilombola do campo a partir das produções artístico-culturais presentes nesses registros, fazendo uso da entrevista semiestruturada. A partir disso, dialogamos a respeito do que seriam essas produções e quais delas evidenciavam a identidade quilombola. Contudo apenas a Semana da Consciência Negra e a capoeira exploram a cultura negra, segundo os/as participantes, pouco fazendo menção à identidade quilombola. Assim, passamos aos demais objetivos: 3) compreender como as atividades pedagógicas sobre as produções artístico-culturais quilombolas do campo estão presentes no planejamento docente; e 4)construir com os participantes da pesquisa uma proposta de intervenção educativa a partir dos saberes-fazeres artístico-culturais, como elementos para a formação pedagógica dos/as professores/as que atuam na escola de Caldeirão de Uibaí-BA. Para isso, fizemos uso das Tertúlias Dialógicas Culturais, inspiradas na Tertúlia Dialógica Literária freiriana, denominada neste trabalho de Tertúlia Dialógica Artística e Cultural, pois realizamos leituras de imagens de produções artísticas já desenvolvidas na escola, questionando a identidade quilombola do campo. A metodologia foi a pesquisa qualitativa, com a abordagem filosófica hermenêutica para interpretação das informações, a etnoformação inspirada nos saberes-fazeres da etnopesquisa e da pesquisa-formação. Para este estudo, foram entrelaçados diálogos entre os teóricos que melhor se aproximam do objeto em estudo, como Creswell, Fazenda e Denzin, os quais colaboram com a abordagem qualitativa; Candau e Canen com reflexões sobre a diversidade da educação na sociedade; José Santos e Geertz com conceitos de cultura; Rios e Nóvoa, com identidade docente; Josso e Macedo que trazem saberes sobre pesquisaformação e a etnopesquisa; Gomes e Munanga trazem conceitos sobre quilombolas; e Hall e Silva que tratam de identidade. Esta pesquisa mostrou a diversidade de produções artístico-culturais da escola, como a dança, o teatro, a música, o artesanato, porém ficou evidenciada a não contextualização das mesmas no que tange à sua identidade quilombola do campo. Assim, será pertinente a formação em exercício a partir da identidade quilombola, desenvolvida como intervenção desta pesquisa.

Palavras-chave: Saberes-fazeres; Atividades Artístico-culturais; Identidade Quilombola; Educação do campo. 





VOZES NO SILÊNCIO: UM ESTUDO SOBRE IDENTIDADE E MEMÓRIA DE QUILOMBO NA PERSPECTIVA DO LETRAMENTO (SÍTIO BOA VISTA – AFRÂNIO/PE)



UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS - CAMPUS III PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO, CULTURA E TERRITÓRIOS SEMIÁRIDOS
ROMANA DE FÁTIMA MACEDO GOMES
2017


RESUMO:

O presente trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa sobre a identidade e memória de quilombo no Sítio Boa Vista, Afrânio/PE, locus da pesquisa, em uma abordagem na perspectiva do letramento. Tem, como objetivo geral, analisar como os integrantes do Quilombo Sítio Boa Vista se apropriam do discurso de reafirmação de sua identidade étnica, considerando a intermediação do letramento institucionalizado na consolidação desse processo identitário e na (re) definição da memória coletiva. Trata-se, portanto, de um estudo de caso, de inspiração etnográfica, o qual definiu a história oral como principal método de pesquisa. Os resultados demonstram que a identidade e a memória, além de não serem homogêneas, uniformes, constituem-se construções simbólico-discursivas, pois, na comunidade quilombola pesquisada, os sujeitos tomam posse delas como instrumentais que os habilitem a usufruir de direitos sociais e políticos, instituídos em lei, e a transformar uma estrutura social injusta. No grupo de entrevistados composto por idosos, a memória da escravidão ocorre, ora na lembrança de referências ao passado feitas por ancestrais, ora na autoidentificação presente como trabalhadores braçais. As práticas culturais e padrões de comportamento da comunidade estudada são evidências da memória coletiva e da identidade quilombola. Entre os mais jovens e letrados, prevalece a assimilação do discurso da pertença étnica. Nesse cenário, a aquisição de tais construtos é mediada por textos integrantes do saber institucionalizado, os quais o Estado elege como mecanismos de significação nas interações com os quilombolas. Também é possível constatar a intervenção de uma jovem liderança em favor das demandas dos quilombos do município de Afrânio – Pernambuco (PE), numa atitude de ruptura para com a condição de silenciamento, vivenciada pela população negra local e brasileira. 

Palavras-Chave: Quilombo. Identidade. Memória. Letramento institucionalizado.




Escravos, Quilombolas Ou Meeiros? Escravidão E Cultura Política No Médio São Francisco


Universidade do Estado da Bahia - UNEB


José Ricardo Moreno Pinho
2018


RESUMO:

Em Escravos, quilombolas ou meeiros? Escravidão e cultura política no Médio São Francisco, estudo originário da sua dissertação de mestrado, José Ricardo Moreno Pinho quantifica, qualifica e localiza grupos sociais indígenas e, particularmente, comunidades negras do Rio das Rãs, afluente da margem direita do São Francisco, seu objeto de pesquisa. Dentre outros aspectos relevantes, o seu estudo distingue o conceito histórico de quilombo, referenciado no modelo palmarino da formulação jurídico–sociológica que se elaborou para fundamentar defesas de interesses de comunidades negras, e se incorporou às Disposições Transitórias da Constituição brasileira de 1988. Na avaliação das comunidades negras de Rio das Rãs, Moreno Pinho associa recursos metodológicos de natureza sistêmica, abordagens de facetas temáticas, recortes setoriais e enfoques locais ao emprego de categorias analíticas do materialismo histórico, do método quantitativo, da história regional e local e do cotidiano social. Situa o trabalho compulsório no processo global de desenvolvimento capitalista; identifica especificidades desse regime de trabalho na pecuária e nas policulturas dessa região e compara essas particularidades com a escravidão monocultora, razão de ser desse sistema. Aborda a resistência escrava na forma de fugas, embora ressalte outras estratégias atenuantes dos rigores do cativeiro, como o compadrio e a negociação, frequentemente interpretados como 8 José Ricardo Moreno Pinho submissão ou debilidade moral de cativos. Destaca a cultura política, herança da colonização lusitana, e as formas de manifestação dos poderes locais na gestão do trabalho escravo.





SALINIZAÇÃO DE SOLOS EM COMUNIDADE TRADICIONAL - SUBSÍDIO A GESTÃO 
SOCIOAMBIENTAL



UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS – DTCS PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA HUMANA E GESTÃO SOCIOAMBIENTAL - PPGEcoH 
FRANCELITA COELHO CASTRO



Resumo:

 A salinização dos solos é definido como o acúmulo de sais solúveis nas camadas agricultáveis do solo. Este processo de degradação impede o desenvolvimento adequado da maioria das plantas, causado pela pressão osmótica, por problemas de intoxicação e degradação das propriedades físicas do solo impulsionando perda de fertilidade. O processo de salinização pode ter origens naturais e/ou antrópicas. A salinização natural ou primária é o processo de acúmulo de sais causados por características naturais, como o elevado teor de sais nos materiais de origem, ascensão de sais solúveis por ação capilar, áreas baixas que recebem influências da circunvizinhança por drenagem subsuperficial lateral e superficial e altas taxas de evapotranspiração presentes em boa parte das regiões secas. A salinização antrópica ou secundária, é provocada por ações humanas que favorecem o desenvolvimento do acúmulo de sais solúveis, como o uso de água com teores elevados de sais, superirrigação e/ou ausência de sistemas de drenagens, além do excesso de fertilizantes. Diante do exposto o presente trabalho tem como objetivo analisar o processo de salinização ocorrente em áreas de produção agrícola manejada pela comunidade quilombola de Cupira em Santa Maria da Boa Vista – PE. Para realização do presente trabalho foi realizado mapeamentos de uso e cobertura da terra, solo, relevo, geologia e evapotranspiração para realização do mapeamento de susceptibilidade à salinização dos solos do território tradicional. Já para a realização da análise do manejo dos solos foi realizado 14 entrevistas semiestruturadas e análises químicas e espectrais de solo. E para análise da inter-relação entre os conhecimentos práticos dos agricultores da comunidade com o processo de salinização dos solos locais foi empregado as proposições da etnopedologia, elementos da cartografia social, análises químicas e outra parte das informações coletadas nas 14 entrevistas. Os resultados do mapeamento de susceptibilidade à salinização da comunidade demonstrou que a classe de muito alta susceptibilidade à salinização ocupa 21,84% da área do território, a classe alta abrange 15,72% da área total, a classe média ocupa 59,71%, e a classe baixa com 2,72% da área total. A classe de muito baixa não foi registrado no território da comunidade por não apresentar pontos com combinações com mais de três elementos com baixa e muito baixa susceptibilidade à salinização. Na análise do manejo da comunidade com relação aos pontos de salinização registrado na comunidade os resultados apontam que o manejo aplicado na comunidade vem auxiliando no desenvolvimento do processo de salinização dos solos com práticas como o plantio de arroz por inundação em décadas anteriores, o sistema de irrigação por sulco e a aplicação de adubação química. A inter-relação dos conhecimentos dos agricultores para o processo de salinização confirmou que agricultores reconhecem com facilidade, a ocorrência do processo de salinização, assim como, os impactos sobre a estrutura dos solos e na produção agrícola. Assim, de acordo com os resultados encontrados conclui-se que a comunidade tradicional de Cupira possui áreas salinizadas decorrente das práticas agrícolas aplicadas somada com a susceptibilidade socioambiental e que os conhecimentos práticos são importantes no manejo da comunidade por não terem assistência técnica cientifica para produzir. 

Palavras-chave: comunidade quilombola; manejo; degradação ambiental das terras




ESTUDOS SOCIOAMBIENTAIS NA COMUNIDADE QUILOMBOLA BARRINHA DA CONCEIÇÃO, JUAZEIRO/BA. 


UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB PRO REITORIA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO - PPG DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO - CAMPUS VIII PROGRAMA DE PÓS GRADUÇÃO STRICTO SENSU EM ECOLOGIA HUMANA E GESTÃO SOCIOAMBIENTAL - PPGEcoH
ROBERTO DE OLIVEIRA
2014


Resumo: 


O estudo teve como objetivo analisar os problemas socioambientais da Comunidade Quilombola Barrinha da Conceição, Juazeiro/BA, relacionando-os com as questões de saúde dos habitantes da comunidade, assim como questões históricas, sociais e culturais. A perspectiva desta pesquisa pautou-se nas premissas epistemológicas da Ecologia Humana, por compreender que somente uma abordagem interdisciplinar permite uma melhor compreensão dos fenômenos envolvidos e do modo como ocorrem essas relações. Buscou-se compreender a relação que os Povos Tradicionais estabelecem com o Ambiente, com ênfase na sustentabilidade intrínseca das práticas socioambientais desses grupos, conexão fundamental para a intertextualização dos diversos segmentos teóricos e práticos que nortearam o estudo em tela. Dentre as comunidades tradicionais, destacou-se os Quilombolas, em especial a Comunidade Quilombola Barrinha da Conceição, Juazeiro/BA, que através de pesquisa de campo de coleta e análises bacteriológicas da água consumida pela comunidade, demostraram que em 100% das amostras foram positivas para E. coli e C. Totais, configurando a impotabilidade da água consumida pela comunidade, fator de grande risco a saúde dos habitantes de Barrinha da Conceição. Também foram analisadas questões relativas à identidade e territorialidade na comunidade estudada, com foco nos aspectos socioambientais, culturais e históricos. Os procedimentos metodológicos escolhidos foram a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo, realizando entrevistas e aplicação de questionários estruturados e semiestruturados.
 
Palavras chaves: Ecologia Humana, Povos tradicionais, qualidade da água, territorialidades e Identidade.

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