+ Comunidades

PRODUÇÕES : 



ESTADO E CRISE NA TERRITORIALIZAÇÃO DO CAPITAL NO CAMPO: VALE DO SÃO FRANCISCO (BA), VALE DO RIBEIRA (SP) E VALE DO JEQUITINHONHA (MG)


Ana Carolina Gonçalves Leite1 carolinavecchia@gmail.com
Cecília Vecina2 ceciliavecina1986@gmail.com
Erick Gabriel Jones Kluck3 erick@usp.br


RESUMO:
Investigando condições hodiernas de reprodução social do campesinato no Vale do São Francisco (BA), Vale do Ribeira (SP) e Vale do Jequitinhonha (MG), nas comunidades rurais em que desenvolvemos pesquisas de pós-graduação, analisamos as relações de trabalho e apropriação fundiária que nos permitiram identificar os contornos contemporâneos da “questão agrária” no Brasil. E, nesse sentido, a atual forma de intervenção estatal nessas comunidades, mediada pelo planejamento territorial, que parece ter substituído o planejamento regional sobre o qual se estruturou a “questão agrária” na forma como emergida com a segunda metade do século XX. Afora a sua caracterização, discutiremos essas relações em termos de uma crise da territorialização do capital no campo, o que nos permitirá problematizar as transformações no planejamento.

Palavras-chave: Questão agrária; Planejamento territorial; reprodução social do campesinato; Estado; Confinamento.
Link: https://revista.fct.unesp.br/index.php/pegada/article/view/5880/pdf





MEMORIAL 
DOCUMENTÁRIO “ SOBRADO DAS MARGENS: ENTRE ÁGUAS E MEMÓRIAS”


UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS - DCH III
CURSO DE JORNALISMO EM MULTIMEIOS


DANILO DE SOUZA SANTOS
2019


RESUMO:
Este trabalho tem como finalidade expor os resultados e o percurso da pesquisa que buscou apresentar os impactos sociais causados pela implantação da barragem de Sobradinho, na década de 1970, ao distrito de Santana do Sobrado1 , no município de Casa Nova-BA, a 570 km de Salvador-BA. A pesquisa buscou refletir sobre essas questões a partir da perspectiva do método exploratório, através do estudo de caso, entrevistas em profundidade semiestruturadas, pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental. Os relatos dos atingidos, os documentos e as imagens produzidas na época, resultaram em um documentário poético - reflexivo, cuja a narrativa fílmica tenta se aproximar dos fatos ocorridos antes, durante e depois do deslocamento compulsório. O vídeo documentário é um retrato compartilhado com vivências, memórias, questões culturais e sociais do povo Santanense, filhos e filhas da primeira comunidade, a mais próxima da barragem, a ser inundada pelas águas do Velho Chico2 , o Rio São Francisco, ainda em no início de 1977. 

Palavras-chave: Atingidos por barragens; Projeto Sobradinho; Memória; Documentário; Santana do Sobrado/BA
DOCUMENTÁRIO: https://www.youtube.com/watch?v=xZpd-ePQszg&feature=youtu.be




 Encolhimento das Águas: o que se vê e o que se diz sobre crise hídrica e convivência com o Semiárido 


Organizadores
 Ana Paula Silva dos Santos
 Durval Muniz de Albuquerque Júnior 
Ricardo Augusto Pessoa Braga
 Rozeane Albuquerque Lima 
Salomão de Sousa Medeiros


 PREFÁCIO:
Estamos, neste ano de 2018, ainda convivendo com uma crise hídrica longa, angustiante. Uma crise que esperamos que termine no próximo bom inverno, o qual tem teimado em não chegar. Este é um livro bastante oportuno. Ao contrário de tantos outros que, no passado, analisaram as crises a posteriori, este é dado a público ainda durante a atual crise hídrica. Leva o leitor a refletir sobre a crise em andamento, a crise que ainda vive, a crise que ainda sofre. Impulsiona o leitor não apenas a refletir, mas também a reagir, a atuar, a enfrentar a crise a partir da mudança de olhar com que vê o Semiárido. O livro empurra o leitor a conviver com a aridez ao invés de combatê-la, discurso antigo que precisa sempre ser revisitado, relembrado, reposto na mesa, degustado e experimentado novamente, para ser prática efetiva de toda a gente. Essa revisita da convivência com o Semiárido tem que ser abrangente: não é só água, não é só planta, não é só gado, mas é principalmente gente, gente na terra, que se move, se relaciona, se comunica. E por isso, é também um livro plural. Traz contribuições de várias perspectivas disciplinares, de olhares distintos. Olhares para aspectos e facetas e gentes diferentes que muitas vezes são esquecidas, invisíveis em meio a discursos astutos que as tiram da paisagem do Semiárido. Tempo de crise é tempo sempre de novos messias, ali, à espreita, para entrar em ação. Querem que se esqueça do simples, do óbvio, do que está na frente da gente, ali, escancarado, dizendo que não precisa de milagre não, que não precisa de messias não. Precisa-se viver como se deve, respeitando o clima, as águas, as plantas, as gentes. Os limites e as possibilidades, reconhecidos e vistos com criatividade e solidariedade. Este livro dá um grito nas oiças da gente: a “solução” está aqui com A GENTE. A leitura desses 18 capítulos foi muito prazerosa e questionadora. Espero que o leitor os aproveite tanto quanto pude fazê-lo. 

LINK:https://portal.insa.gov.br/acervo-livros/1255-o-encolhimento-das-aguas-o-que-se-ve-e-o-que-se-diz-sobre-crise-hidrica-e-convivencia-com-o-semiarido




A trajetória da comunidade quilombola de Coqueiros: história e memória



UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA- UNEB
CAMPUS IV– DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO – LICENCIATURA EM HISTÓRIA


JAKELINE SILVA DA CRUZ
2014


RESUMO:
Esta pesquisa faz parte do trabalho de conclusão de curso em Licenciatura em História da Universidade do Estado da Bahia – UNEB - Campus IV. A referida pesquisa tem como objetivo apresentar a trajetória da comunidade quilombola de Coqueiros entre 1980 a 2006. Tomando como eixo condutor a Carta Magna de 1988, com intuito de analisar o processo de reconhecimento, assim como o cotidiano e as relações de trabalho desenvolvidas na comunidade de Coqueiros. Esse estudo foi possível através da análise de fontes escritas, a exemplo, de um documento de terra datado de 1926, carta escrita a punho pelos moradores, pela Carta de Certificação obtida em 2006 através da Fundação Cultural Palmares, que marca o momento do reconhecimento da comunidade enquanto sendo remanescente de quilombo. Além, das narrativas dos moradores e visitas de campo que realizamos ao longo do período da pesquisa. Dessa forma, a pesquisa nos fez identificar e compreender como as narrativas orais são importantes na construção da identidade cultural de um povo.

Palavras-chave: comunidade quilombola; Identidade e memória





CONFLITO PELO USO DA ÁGUA NA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO.
CASO DE ESTUDO : A SUB-BACIA DO RIO ARROJADO.


Luciana Espinheira da Costa Khoury,
Larissa Cayres de Souza,
Yvonilde Dantas Pinto Medeiros

Congresso virtual UFBA 2020






IDENTIDADE E CULTURA AFRO-BRASILEIRA EM JACOBINA/BA: A INFLUÊNCIA DA ASSOCIAÇÃO QUILOMBO ERÊ NO BAIRRO DA BANANEIRA



UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS LICENCIATURA PLENA EM GEOGRAFIA
CLÁUDIA FABIANA ARRUDA OLIVEIRA
2013


RESUMO:
Partindo do conhecimento de que o Brasil é um país onde ocorreu um encontro de diversas culturas, as quais trouxeram consigo muitas contribuições étnicas que serviram de influência para a construção da cultura e identidade do povo brasileiro, este trabalho discute a concepção de cultura e identidade no viés geográfico, a partir da Geografia Cultural. Trata-se de um estudo de caso, que enfatiza a construção da identidade afro-brasileira, suas ramificações e influência transmitida pela Associação Afro-brasileira Quilombo Erê, no bairro da Bananeira da cidade de Jacobina-BA. O estudo fundamentou-se em aspectos teóricos sobre as questões de identidade e cultura afro-brasileira, sendo utilizada a metodologia na forma de abordagem qualitativa, a fim de enfocar as relações sociais no âmbito cultural e interpretar a perspectiva dos participantes. Foi adotada a técnica de observação direta, que visa conhecer como são aplicadas as atividades socioculturais da Associação, a disseminação e preservação da cultura e identidade afro-brasileira. Também foram realizadas entrevistas orais com o presidente da Associação, o coordenador e dois associados, bem como entrevistas semiestruturadas com alguns moradores do referente bairro. Além disso, foi utilizada revisão bibliográfica e documental sobre o tema, baseada em livros, teses, artigos, internet, dentre outros. Buscou no trabalho considerar os maiores conflitos, desafios e conquistas vivenciadas pela Associação, suas manifestações culturais e perceber quais os principais elementos utilizados para revelar a identidade afro-brasileira. Portanto, espera-se que este trabalho contribua de forma significativa para futuros pesquisadores e a comunidade Jacobinense reconheça aquele espaço como ponto necessário para o impacto e preservação da identidade afro-brasileira.
 Palavras chave: Identidade, Cultura, Quilombo, Geografia Cultural





O RECONHECIMENTO IDENTITÁRIO E AFIRMAÇÃO QUILOMBOLA DA COMUNIDADE DE VÁRZEA QUEIMADA, MUNICÍPIO DE CAÉM- BAHIA



Universidade do Estado da Bahia- UNEB Departamento de Ciências Humanas- Campus IV Colegiado de Geografia
EULIRIA MACEDO RIBEIRO SANTANA
 IORRANA DE SANTANA GOMES
2019


RESUMO:
Sabemos que é de grande importância para a ciência geográfica o estudo dos agentes e sujeitos sociais, assim como as transformações que permeiam os processos de construção de uma sociedade. Nesse sentido visto que há uma necessidade de tentar reparar 300 anos de escravidão no Brasil, as discussões sobre quilombo tem uma grande importância, para entendermos a dívida que temos com essa parcela da população brasileira. Assim, a presente pesquisa representa um estudo de caso, que visa responder a seguinte questão: Como se deu o processo de reconhecimento e afirmação da comunidade quilombola de Várzea Queimada localizada no município de Caém-BA, e como tem sido a luta pela titulação do território quilombola? Numa abordagem qualitativa, buscamos sintetizar os dados coletados através de pesquisas bibliográficas e documentais, pesquisa de campo, entrevistas e aplicação de oficina, de forma que chegássemos a alcançar os objetivos traçados. Portanto esse estudo visa compreender o processo de formação e reconhecimento de direitos das comunidades quilombolas. Buscando reconhecer o processo histórico de formação das comunidades quilombolas no Brasil. Bem como analisar a formação e a garantia de direitos territoriais das comunidades remanescentes de quilombo do Piemonte da Diamantina. Trazendo para essas discussões uma perspectiva local, explicando o processo de formação e reconhecimento da comunidade quilombola de Várzea Queimada e a luta pelo direito a terra. Através dos métodos históricos e etnográficos, principalmente, podemos entender e descrever as etapas de formação e reconhecimento da comunidade quilombola de Várzea Queimada, bem como juntamente com a comunidade produzir o principal trunfo deste estudo, que foi a nossa cartografia social fruto da oficina aplicada, onde abordamos aspectos culturais, experiências vividas e relações sociais, culminando em um mapa do território quilombola da comunidade supracitada, o qual espera-se ser de grande valor no processo de titulação fundiária da comunidade.
 Palavras Chaves: Quilombo, identidade, território quilombola, Cartografia Social, Quilombo de Várzea Queimada- BA.




MEMÓRIAS QUILOMBOLAS: A LUTA PELO AUTO RECONHECIMENTO QUILOMBOLA DE ALTO DO CAPIM – QUIXABEIRA/BA, 2000-2012.

]

JIOMARQUES MOREIRA BARBOSA
2018


RESUMO:
Esta pesquisa fez parte do trabalho de conclusão de curso em Licenciatura em História da Universidade do Estado da Bahia – UNEB/Campus IV. A referida pesquisa teve como foco o auto reconhecimento quilombola de Alto do Capim, Quixabeira-Ba, 2000-2012. Os objetivos foram analisar o reconhecimento quilombola de Alto do Capim, descrevendo as estratégias usadas pela população, assim como as leis que beneficiou os resultados. Este estudo foi possível graças aos depoimentos dos moradores e alguns documentos escritos como: termo de compra e venda da Fazenda Passagem, título de certificação de comunidade quilombola e atas da associação dos moradores. Para a realização dos resultados durante os estudos, utilizei o Método da História Oral, fiz uso de bibliografias como: Memórias e Sociedade, as lembranças dos mais velhos de Ecléia Bossi; Tentando aprender um pouquinho, algumas reflexões sobre a ética na história oral de Alessandro Portelli. Para o esboço teórico, consultei a obra Memórias Coletivas, de Maurício Halbawchs. A monografia divide-se em três capítulos, tendo o primeiro capítulo o enfoque teórico trazendo as teorias que trabalhamos durante a pesquisa, no segundo capítulo localizei o espaço da comunidade, relacionando as memórias, o processo de titulação e metodologia e, no terceiro capítulo apresento a vivência da comunidade pós reconhecimento. Dessa forma, a pesquisa fez-nos entender o processo de titulação através das narrativas dos moradores além de conhecer a realidade desta comunidade. 
Palavras-chave: Quilombo. Comunidade. Reconhecimento.




MULHERES DO QUILOMBO: IDENTIDADE ÉTNICA, GÊNERO E EDUCAÇÃO NA COMUNIDADE PORTO DOS CAVALOS – ILHA DE MARÉ/BAHIA



 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E CONTEMPORANEIDADE

GIRLEIDE DA SILVA XAVIER
2018


RESUMO:
Essa pesquisa objetivou compreender a participação das Mulheres Quilombolas na valorização dos saberes locais, na formação educacional e no fortalecimento da identidade étnica na Comunidade Porto dos Cavalos, localizada na região Norte da Ilha de Maré, município de Salvador, no Estado da Bahia, a 5 km da capital. A trajetória dessa investigação começou a se delinear a partir da minha experiência com a comunidade, em 2013, quando ministrei aulas na turma de Alfabetização Intensiva, que reuniu estudantes do quilombo do Ensino Fundamental I. Foi nesse contexto que observei a presença marcante das mulheres em atividades sociais, o sustento das famílias, a mobilização política, as situações de conflitos sociais e tomada de decisão referentes a assuntos comunitários. Para realizar a pesquisa, foram mobilizados diversos conceitos contemporâneo, tais como: gênero, identidade étnica, raça e território, articulados dentro de um quadro teórico que envolve os estudos de Landes (1967), Hall (2005), Munanga (1996), Arruti (2006) entre outros. A questão que norteou essa pesquisa foi: Qual a participação das Mulheres Quilombolas no fortalecimento da identidade étnica na comunidade? Para respondê-la, bem como alcançar o objetivo mencionado, a etnografia foi a metodologia utilizada, e como estratégias de coleta de dados foram feitas observação participante e entrevistas semiestruturadas, com os sujeitos da comunidade, destacando quatro entrevistas indicadas pelas pessoas da comunidade ao longo deste trabalho. As interpretações e análises dos dados apontam para o protagonismo das mulheres e sua presença em si na formação da identidade étnica do grupo.
 Palavras-chave: Mulheres Quilombolas. Identidade Étnica. Gênero e Educação.




DA ESCOLA NO QUILOMBO À ESCOLA DO QUILOMBO: a prática pedagógica como elemento substancial para fortalecer sentidos de pertencimentos indenitários.



UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS - CAMPUS IV PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE

DANIELMA DA SILVA BEZERRA BRASILEIRO
2017


RESUMO:
Esta dissertação intitulada: “Da Escola no Quilombo à Escola do Quilombo: a prática pedagógica como elemento substancial para fortalecer sentidos de pertencimentos identitários”, se propõe a discutir sobre as práticas pedagógicas docentes da Educação Escolar Quilombola e como estas estão em interface com a realidade sociocultural dos alunos do Ensino Fundamental II, da Escola Municipal Quintina Marculina dos Santos, localizada na Comunidade Quilombola de Raposa, na zona rural de Caldeirão Grande/Bahia. Por ser a primeira comunidade certificada pela Fundação Cultural Palmares no município, escolheu-se conhecer como são realizadas as práticas pedagógicas docentes dentro de uma escola quilombola. Desse modo, foi trazida para a discussão a definição de quilombo e a história do grupo, a fim de compreender o processo de construção sociopolítico e cultural no seu espaço de luta/vivência, o qual tem como protagonistas as mulheres quilombolas. A pesquisa atentou-se também para a necessidade de se conhecer a trajetória das Políticas Públicas Educacionais referente à questão étnico-racial tendo como base a Lei 10.639/2003 e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, analisando de que forma as práticas pedagógicas docentes tem contribuído ou inibido o fortalecimento das identidades. E com esse enfoque, o estudo aqui apresentado é fruto de uma pesquisa qualitativa caracterizada pelo Estudo de Caso Etnográfico - fundamentado na fenomenologia - tendo como público-alvo: professores, direção escolar e coordenador(a) pedagógico(a) dessa instituição, os quais responderam a questionários, entrevistas e participaram de um grupo focal que, trouxe como dimensão prática de intervenção a construção de um Plano de Ação chamado: “Olhares dos Professores sobre a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica”, cujo objetivo é atender e valorizar as especificidades da cultura local, sob a perspectiva das práticas pedagógicas e suas implicações nas relações étnico-raciais. Como desdobramento da pesquisa, propõem-se acompanhar a execução e avaliação do Plano de Ação a ser desenvolvido pelos professores em parceria com a comunidade.
 Palavras-chave: Educação Quilombola. Cultura. Práticas Pedagógicas. Identidade




EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE TIJUAÇU, SENHOR DO BONFIM – BAHIA.



UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – DCH-IV PROGRAMA PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE - PPED MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE - MPED

Eliana do Sacramento de Almeida 
2016


RESUMO:
Esta dissertação discorre sobre a comunidade quilombola de Tijuaçu, grupo étnico de maior representatividade da região de Senhor do Bonfim-Bahia, em virtude da sua dimensão territorial e do seu contingente populacional; compreendida como um projeto político e coletivo de liberdade, onde permanece uma sociedade relativamente autônoma e com marcante presença das tradições africanas. A pesquisa apresentou como objetivo realizar um estudo investigativo sobre as práticas preventivas e curativas em saúde na comunidade de Tijuaçu, a fim de promover ações interdisciplinares, a partir das demandas da comunidade. Tratou-se de uma pesquisa-ação, de caráter exploratório, inspirada na abordagem fenomenológica Husserliana e contou com a participação de integrantes da comunidade, lideranças políticas e religiosas, professores da Educação Infantil e Ensino Fundamental I da Escola Municipal Antônio José de Souza e profissionais de saúde da Estratégia de Saúde da Família da localidade. Como instrumentos para construção dos dados foram utilizados questionário estruturado, entrevista semi-estruturada e grupo focal com intervenção na comunidade através do desenvolvimento de oficinas formativas para aprofundar as discussões. Para o tratamento dos dados quantitativos, foram utilizados os programas estatísticos Epi-Info 7 e BioEstat 5.3, além de planilhas e gráficos do Microsoft Excel; para os dados qualitativos, utilizou-se a análise textual e o software Tagul para confecção das nuvens de palavras. Realizou-se análise de conteúdo, segundo Bardin, através da triangulação de dados com discussões argumentadas à luz dos conhecimentos produzidos sobre identidade cultural, saúde da população negra e educação popular em saúde. Os resultados dos dados socioepidemiológicos apontaram para uma coerência entre a visão dos líderes e dos integrantes da comunidade em relação aos determinantes de vida e as condições de vulnerabilidades persistentes na comunidade, contudo demonstram divergência quanto às práticas preventivas e curativas de saúde envolvendo a utilização de ervas medicinais, rezas e benzeções. O conteúdo das oficinas foi analisado a partir de três categorias: cultura e tradição quilombola, saúde da população negra e de Tijuaçu, e educação popular em saúde como estratégia para melhoria das condições de vida. Foram constatados os seguintes aspectos: a comunidade quilombola de Tijuaçu vive, em sua maioria, em condições de vulnerabilidades persistentes e é privada de condições básicas de vida, a exemplo de moradias adequadas e saneamento e esgotamento sanitário; apresenta padrões alimentares inadequados; há ameaça de perda da identidade cultural; os integrantes da comunidade apresentam não somente, dificuldades de acesso aos serviços de saúde, mas integralidade da assistência comprometida por precariedade e/ou inexistência de serviços estruturados para referência; e a escola enfrenta dificuldades para atender aos discentes da comunidade em suas especificidades sociais e étnico-raciais. Acredita-se ser necessário intensificar ações de conscientização acercada cultura afro-brasileira e das práticas de medicina tradicionais, bem como na capacidade transformadora da educação em saúde para promover melhorias nas condições de vida e saúde da população de Tijuaçu. Deste modo, propomos, como desdobramentos da pesquisa, o monitoramento e apoio na execução e avaliação dos planos de intenções desenvolvidos nas oficinas formativas a serem implementados pelos professores e profissionais de saúde em parceria com a comunidade.
 Palavras-chave: Identidade Cultural; Trajetória Quilombola; Educação em Saúde; Saúde da População Negra.




EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA: VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS NA COMUNIDADE CONTENTE



UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – CAMPUS PETROLINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES – PPGFPPI

FRANCISCA DAS CHAGAS DA SILVA ALVES
2018


RESUMO:
Esta pesquisa tem como objeto de estudo a educação ministrada na Escola Euzébio André de Carvalho localizada na Comunidade Barro Vermelho, Município da cidade de Paulistana Piauí, que atende às demandas escolares da Comunidade quilombola de Contente, no intuito de compreender como as vivências educacionais contribuem para o reconhecimento e valorização da história e cultura locais e o consequente fortalecimento da identidade quilombola dessa comunidade. A investigação utilizou-se da pesquisa qualitativa com um estudo etnográfico. Como partícipes diretos tivemos quatro professores, duas líderes comunitárias e uma coordenadora da Secretaria Municipal de Educação do município de Paulistana, Piauí – SEME/PI. O estudo tem como objetivo geral investigar como se constitui a educação na comunidade quilombola Contente e sua influência no fomento ao reconhecimento e valorização da cultura afrodescendente local e da identidade dos sujeitos. Como instrumentos de coleta dos dados foram utilizados o questionário do perfil identitário, a entrevista semi-estruturada, a observação participante com o uso do diário de campo e a pesquisa documental. O embasamento teórico recebeu apoio de autores como André (2012), Chizzotti (2001), Angrosino (2009), Mattos (2011), Oliveira (2005), Leite (2016), entre outros que reafirmam a orientação dos pressupostos da pesquisa qualitativa, de caráter etnográfico; Lima, (2015); Silva (2015); Souza (2006) discutindo acerca da historiografia escravista do estado do Piauí; Eliade (1986); Boakari (2005); Santos e Lima (2013); Leite (2016); Silva (2012) contribuíram na discussão dos dados coletados sobre a comunidade e seus contextos socioeconômicos e culturais e para discussão acerca da educação escolar quilombola, contamos com as contribuições de Carril, (2017); Callegari (2018); Carth, (2018); Fiabani (2013); Souza (2008); Galvão (2016); Coelho (2013); Nunes (2016); Reis (2016); Júnior; Silva (2016); além de resoluções e leis que lhes dão embasamento legal. A pesquisa constatou o distanciamento entre a educação desenvolvida na Unidade Escolar Euzébio André de Carvalho e os princípios básicos da Educação Escolar Quilombola, bem como da realidade vivida na comunidade Contente. É evidenciado pelo trabalho pedagógico, que o mesmo não se volta para o interior da comunidade, atendendo e alimentando-se da cultura local, bem como colaborando para a valorização do que ali existe. A existência de ações deste tipo ocorrem em momentos pontuais e não como um projeto permanente. Deste modo, a educação ali desenvolvida não se pauta pelos pressupostos de uma educação quilombola específica, restringindo-se, a maior parte de suas ações, aos muros escola, não envolvendo na discussão os agentes da comunidade como produtores de conhecimento.
 Palavras-Chave: Educação. Escola quilombola. Cultura. Comunidade. 




A LEI 10.639/03 E SEUS DESDOBRAMENTOS EM UMA ESCOLA QUILOMBOLA



UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FACED PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

JOELSON ALVES ONOFRE 
2014


RESUMO:
 A Lei 10.639/03, sancionada em 2013, completou dez anos e determina a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana nos estabelecimentos de ensino das redes pública e particular de todo o país. Em 2004 o Conselho Nacional de Educação aprova o Parecer CNE/CP 03/2004 e a Resolução CNE/CP 01/2004 que instituem e regulamentam as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Resultado de lutas históricas dos movimentos sociais negros, a lei se constitui em uma importante política de reparação, reconhecimento e valorização do legado africano e afro-brasileiro na educação. Em face disso, a presente dissertação de mestrado teve como objetivo investigar os desdobramentos da Lei 10.639/03 em uma unidade escolar quilombola localizada no sudoeste da Bahia. Para tanto, a pesquisa empírica foi desenvolvida priorizando um grupo de três professoras da equipe gestora da referida instituição, a saber: diretora, vice-diretora e coordenadora pedagógica. O aporte teórico fundamenta-se em extensa revisão de literatura de autores que discutem a temática. Na realização do estudo, optamos pela abordagem qualitativa com foco em pesquisa bibliográfica e documental. Escolhemos o método do Estudo de Caso e a Análise de Conteúdo como norteadores na interpretação das informações obtidas no campo. A observação, as entrevistas e a análise documental foram os procedimentos utilizados na coleta das informações. Os resultados obtidos nesta pesquisa demonstram que, a despeito de a escola investigada implementar a lei no currículo e nas práticas cotidianas, muito há de ser feito. Para que mudanças possam ser efetivadas faz-se necessário uma gestão atuante, democrática e participativa. Esperamos que esta pesquisa possa contribuir para novas e instigantes questões sobre a lei e sua implementação nas unidades escolares, assim como possibilitar reflexões acerca de uma educação antirracista que vislumbra a diferença como elemento enriquecedor e de unidade entre os indivíduos e suas histórias. 
Palavras-chave: Educação antirracista. Gestão escolar. Lei 10.639/03.




CONDIÇÕES DE NASCIMENTO DE CRIANÇAS EM COMUNIDADE QUILOMBOLA 



UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE ENFERMAGEM

 LORENA FERNANDA NASCIMENTO SANTOS
2015


As condições de nascimento no Brasil, apesar de apresentarem uma evolução significativa nas últimas décadas, ainda apresentam discrepâncias baseadas nas desigualdades étnicas, de classe social e região. Quando se enfoca as comunidades quilombolas, identifica-se que as condições sociais que geralmente vivenciam são piores que as condições da população negra em geral. Objetivo Geral: conhecer as condições de nascimento das crianças das comunidades quilombolas de Ilha de Maré. Objetivo Específico: 1. Caracterizar as condições de nascimento das crianças das comunidades quilombolas em estudo, segundo as condições sociodemográficas das famílias; 2. Investigar os dados obstétricos de mães quilombolas e as características das crianças no momento do nascimento; 3. Analisar como se dá o acesso e a acessibilidade aos serviços perinatais por mães quilombolas. O estudo foi quantitativo descritivo, realizado nas comunidades quilombolas de Ilha de Maré, Salvador-Bahia. Este, fez parte de um projeto Guarda-Chuva intitulado “Acesso e Assistência à Saúde Infantil em Comunidades Quilombolas: Caminhos para Equidade no SUS, financiado pela FAPESB, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal da Bahia por meio do Parecer Consubstanciado 367.474. As participantes foram mães de crianças quilombolas de 0 a 2 anos. Os dados foram coletados por meio da aplicação de um questionário, armazenados e analisados com o auxílio do programa Stata, versão 12,0. As variáveis estudadas apontam que as mães de crianças quilombolas, mesmo com grau de instrução satisfatória tratando-se de uma comunidade vulnerável, exercem ocupação informal que reflete em uma renda per capta inferior ao salário mínimo. Em relação aos dados obstétricos, 67,8% foram partos vaginais, 96,6% não tem histórico de natimorto e 89,8% não tem histórico de aborto, 57,6% não referiram doença na gestação, 42,4% apresentaram doença na gestação, as mais referidas foram hipertensão e infecção urinária. Em relação a vitalidade da criança, 76,7% apresentaram peso adequado na avaliação do escore de Apgar 85,0% das crianças apresentaram índice entre 7 e 10 no 1º minuto e 95,0% apresentaram índice entre 7 e 10 no 5º minuto. Foi observado que as mulheres realizaram pré-natal na Unidade de Saúde da Família (USF). Observa-se, ainda, um itinerário no trabalho de parto desgastante, as questões geográficas dificultam o acesso às maternidades. As mulheres utilizam embarcações de familiares ou alugadas que não promovem o transporte seguro e, visitam em média, 1,5 maternidades no trabalho de parto. Concluiu-se que, a condição de saúde de mulheres no período gestacional e de crianças no nascimento é influenciada pela condição sociodemográfica limitante, sendo necessário adequar a assistência à saúde a comunidade quilombola. Os resultados deste estudo poderão subsidiar ações políticas locais e municipais, pois, possibilitará observar as situações favoráveis e desfavoráveis para a condição de nascimento saudável de recém-nascido quilombola. 

PALAVRA CHAVE: Saúde da Criança; Saúde da Mulher; População Negra; população vulnerável; Assistência Perinatal




EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA: AS PEDAGOGIAS QUILOMBOLAS NA CONSTRUÇÃO CURRICULAR



UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO 

SHIRLEY PIMENTEL DE SOUZA
2015


RESUMO:
Este trabalho é resultado uma pesquisa qualitativa que teve como foco a educação quilombola e se norteou pelos princípios da etnopesquisa crítica. A pesquisa de campo se desenvolveu no quilombo Barreiro Grande, localizado no município de Serra do Ramalho/BA, num processo de interlocução com seus moradores e trazendo a cultura local e os saberes tradicionais para o campo da educação escolar. Deste modo foi possível evidenciar as formas de ensinar e aprender dos quilombolas, ou seja, as pedagogias quilombolas, como elementos primordiais para a construção de um currículo escolar quilombola. Notamos, assim, que a educação escolar precisa ser vista como indissociável da realidade local e deve manter um diálogo com a cultura, a diversidade, a identidade, os conhecimentos, de modo a realizar a tão necessária ligação entre escola e comunidade, respeitando as diferenças e incorporando os saberes produzidos em suas práticas sociais. Assim, entendemos que a construção de um currículo escolar quilombola é possível e precisa incorporar os atos de currículo dos povos e comunidades quilombolas, desenvolvendo etnocurrículos implicados e multirreferenciados.

Palavras-chave: educação quilombola – atos de currículo – pedagogias quilombolas – cultura – etnopesquisa


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